quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SÃO TODAS IGUAIS...

Ontem, a noite estava numa esplanada na Ribeira a beber um copo e a pensar na vida, quando aparece um amigo que me viu com ar de chateado e perguntou o que se passava, e eu contei-lhe.

É sempre a mesma coisa. Imagina que cheguei a casa estourado depois de um dia de cão no emprego, pousei as tralhas, fui buscar uma cervejinha e ao olhar para o frigorífico pensei em voz alta, é preciso ir supermercado, fui para a sala e sentei-me no sofá a ver televisão. Quando dou o primeiro golo, começou ela:

Tens que ir arrumar o capacete, o blusão está outra vez nas costas da cadeira, a secretária é só papelada, alguém tem que ir às compras, o quarto é só roupa por todo o lado. Resultado levantei-me, peguei no capacete e no blusão, disse-lhe que ia comprar tabaco, saí porta fora e deixei-a a falar com as paredes. Não há quem a aguente.

O meu amigo olhou para mim admirado e perguntou:

- Olha lá, diz-me só uma coisa. Tu não és solteiro e não moras sózinho?

- Moro, mas a voz da minha consciência está impossível de aturar!

4 comentários: